quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Real valor

Todos os que me conhecem intimamente sabem o valor que atribuo a amizade. Para mim o sentimento mais divino e puro do mundo. È claro que quando falo em amizade, falo em amor e isso define tudo o que acredito.
Não raro, toda admiração gera um exagero, e os exageros causam erros por si só. Muitas vezes o fato de levar em alta conta o sentimento por excelência de Aristoteles me leva a cometer o que conhecemos por fanatismo.


Podem pensar que exagero em tudo o mais, não só na amizade (e não estarão errados), mais o fato é que as vezes caio no desuso do real sentimento, me perco nas palavras, nas filosofias que geram o assunto. Teorias são coisas da universidade, e não servem para a vida real.


Num e-mail que escrevi recentemente a uma amiga, eu lamentava o fato de existir sempre uma espécie de "traição" em torno das minhas "supostas" amizades, e atribuia ao fato de eu dar a esta, extrema importância, ou ao fato da entrega total a uma relação que pode compreensivelmente terminar, ou tornar-se enfadonha. A resposta dela é que, o que era da natureza, dificilmente se modificaria apenas por dedicação ou magoas tolas.


Atribuo também isto, a talvez este quê de esperança no outro, esta gama de ilusões de que o outro possa ser perfeito, e é óbvio que ilusões geram mais ilusões, é um circulo mais que vicioso.


Um outro amigo, a quem eu explanava estes mesmos receios, me disse que não achava errado da minha parte esta entrega visceral aos relacionamentos de amizade; e que isto serviria de experiência, me faria amadurecer mais cedo ou mais tarde, e que lá na frente eu compreenderia o quão grande eram minhas aspirações.


Mais os erros são espantosamente naturais, e parecem nos acompanhar pela eternidade, e isto é um receio que jamais será sancionado, aprenda-se o que aprender, viva-se o que viver, eles sempre nos acenarão, como um vizinho que espreita na soleira. Pensando nisso é que eu consegui enxergar o quão eu erro nestas esperanças e precipitações que coloco nas minhas amizades.


Teste de amizade, cobranças de carinhos e virtudes que no fundo você sabe que é mais do que aquela pessoa pode lhe oferecer, são os erros mais naturais. Mas há os extremos, como o ciúmes a possessão, a carência incônstante, coisas que nos afastam do sentimento mais virtuoso.


Você ao ler, pode pensar, "pelo jeito ele não erra mais". Aah que sonho, ah que alegria seria poder dizer que se é virtuoso, mais é algo distante de todos nós, e isso é em mim, mais natural do que as unhas dos meus dedos.


Resta-nos a esperança de encontrar amigos que nos aceitem com nossos muitos defeitos e que nos amem sobre toda e qualquer falha, eles sim merecem o nosso céu.


A você Gabi que foi este anjo que me ensinou a amar.


Te amo



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