terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ahhh!!! Esse amor.....

A quem goste de sair por ai gritando ao mundo o que se é, ou o que se faz diante da vida.


Virou mania ser alguêm, entender de tudo, opinar sobre mistérios com que "só" sonham a sociedade a milhões de anos.


Quando me fazem a famigerada pergunta, "o que você acha", fico pensando que se disser não sei, terei que ouvir uma abordagem exacerbada e longa sobre "ser" e "saber". Me questiono no entanto, por que necessáriamente preciso saber algo.


Por que não posso ser obtuso, por que não posso gritar que sou ignorante, será que se eu me utilizar da frase famigerada de sócrates, "só sei que nada sei", a sociedade me dará cicuta, para calar "este demente corrompido"?

Quando me perguntam o que sou, prefiro dizer o que sinto. E o que sinto, é unicamente o amor. Eu sou o paradoxo da sociedade no que se refere a amor, mais não sou muito diferente na forma belicosa de defender minhas opiniões sobre. Me revolto como qualquer outro. Mais a origem da revolta é outra, o objeto é outro.

O amor, este "ser" corrompido, descriminado, vulgarizado, marginalizado por uma sociedade que diz amar, o que não se ama.

Amor virou receita universal. O "bom dia" perde seu valor, e vira, "eu te amo", palavra esta que só poderia ser objeto de verdade, e não de adorno. Cria-se o clima quando diz "eu te amo", e o gelo que outrora existira, quebra-se e torna frangalhos na relação que acaba de ser criada, e tem o seu valor na palavra expressada (seja com sentimento ou não).

Eu amo, e procuro não ser nada, exceto amar, este amor que não pede nada, que é tão obtuso que não busca beneficios, apena vibra com os beneficios de outrem. Amo para poder criar significado numa existência que já nasce legada ao esquecimento, e que não poderia exigir mais do que isso. Amo para que meus amigos amem, não a mim, mais ao seu próximo amigo. Amo para vincular meu espírito a uma transcendencia superior, e a partir daí, afirmar ainda mais minha miséria diante de uma vida que só pode ser valorizada se acabar.

Amo por querer um mundo melhor......mais não amo por esperança, por que já tenho o que preciso....que é esse amor

2 comentários:

  1. Parece que a razão e a sensibilidade emocional se abraçaram nesse texto. Lindo!

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  2. È gostoso saber que os sentimentos que transmitimos são bem compreendidos. Obrigado pelo post.

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