quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Bom Dia…..

Bom dia aos que madrugam em busca de um sonho.

Bom dia as comadres que se encontram nas janelas para falarem sobre outras vidas.

Bom dia aos desavisados que vieram ao mundo por acaso.

Bom dia aos que se dizem felizes, e no entanto choram com a cabeça no travesseiro.

Bom dia a quem tem esperança.

Bom dia aos invejosos que sonham viver o que não é seu.

Bom dia aos que sofrem por ciúme, por que não possuem o que querem.

Bom dia as crianças que carregam a inocente verdade.

Bom dia aos mentirosos, que vivem o que nem outros sonham viver.

Bom dia aos loucos, por não precisar lembrar pelo que vivem.

Bom dia aos que sonham, por viverem em busca.

Bom dia aos intelectuais, por maquiarem uma sociedade que não existe.

Bom dia as Mães, por amarem eternamente.

Bom dia aos ateus, por serem tranquilos consigo mesmo.

Bom dia aos religiosos, por terem a quem culpar.

Bom dia aos artistas, por viverem uma pessoa a cada dia.

Bom dia a humanidade, por retroceder.

Bom dia aos humoristas, por rirem desta humanidade.

Bom dia aos sarcasticos, por sua acidez.

Bom dia aos trabalhadores, que buscam a dignidade que nunca lhes fora prometida

Bom dia aos que amam, por terem por quem viver.

Bom dia…..

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Ahhh!!! Esse amor.....

A quem goste de sair por ai gritando ao mundo o que se é, ou o que se faz diante da vida.


Virou mania ser alguêm, entender de tudo, opinar sobre mistérios com que "só" sonham a sociedade a milhões de anos.


Quando me fazem a famigerada pergunta, "o que você acha", fico pensando que se disser não sei, terei que ouvir uma abordagem exacerbada e longa sobre "ser" e "saber". Me questiono no entanto, por que necessáriamente preciso saber algo.


Por que não posso ser obtuso, por que não posso gritar que sou ignorante, será que se eu me utilizar da frase famigerada de sócrates, "só sei que nada sei", a sociedade me dará cicuta, para calar "este demente corrompido"?

Quando me perguntam o que sou, prefiro dizer o que sinto. E o que sinto, é unicamente o amor. Eu sou o paradoxo da sociedade no que se refere a amor, mais não sou muito diferente na forma belicosa de defender minhas opiniões sobre. Me revolto como qualquer outro. Mais a origem da revolta é outra, o objeto é outro.

O amor, este "ser" corrompido, descriminado, vulgarizado, marginalizado por uma sociedade que diz amar, o que não se ama.

Amor virou receita universal. O "bom dia" perde seu valor, e vira, "eu te amo", palavra esta que só poderia ser objeto de verdade, e não de adorno. Cria-se o clima quando diz "eu te amo", e o gelo que outrora existira, quebra-se e torna frangalhos na relação que acaba de ser criada, e tem o seu valor na palavra expressada (seja com sentimento ou não).

Eu amo, e procuro não ser nada, exceto amar, este amor que não pede nada, que é tão obtuso que não busca beneficios, apena vibra com os beneficios de outrem. Amo para poder criar significado numa existência que já nasce legada ao esquecimento, e que não poderia exigir mais do que isso. Amo para que meus amigos amem, não a mim, mais ao seu próximo amigo. Amo para vincular meu espírito a uma transcendencia superior, e a partir daí, afirmar ainda mais minha miséria diante de uma vida que só pode ser valorizada se acabar.

Amo por querer um mundo melhor......mais não amo por esperança, por que já tenho o que preciso....que é esse amor